“Arbitragem me ajudou a vencer o câncer”
Mulher. Mãe. Árbitra de futebol. Zilmar Ferreira, 48 anos, natural da cidade de Barbalha, vive do futebol desde jovem para realizar um sonho que a acompanha há bastante tempo.
Mãe de dois filhos, ela superou diversos obstáculos para voltar à carreira de arbitragem. Venceu o câncer e se destaca como uma das melhores árbitras da Coparena 2022.
Vinda para Fortaleza
Zilmar começou a apitar jogos em sua cidade natal bem nova. Lá se destacou não somente apitando as partidas, mas nos testes físicos apresentados.
“Sempre me cuidei. Nos testes físicos, passava com facilidade. Em Barbalha, quando estava grávida da minha primeira filha, não falei para ninguém sobre a gestação. Mesmo assim, passei”, afirmou Ferreira.
Chegou a Fortaleza aos 24 anos. Com a filha já em seus braços voltar aos gramados não foi tão fácil, mesmo tendo apoio de vizinhos.
“Minha volta não foi fácil. Tinha que deixar minha filha com outras pessoas. Era o jeito. O dinheiro da arbitragem que sustentava a minha filha”, detalhou.
Luta contra o câncer
Há quatro anos, Zilmar descobriu um câncer no útero e foi desacreditada pelos médicos. Porém, a árbitra manteve o foco, a calma e a fé.
“Quando eu descobri a doença, eu lutei com todas as minhas forças e apeguei a minha fé, porque eu sabia que ia vencer. E venci. Após a doença, voltei para a arbitragem renovada”, pontuou
Coparena 2022
Segundo ela, a Coparena é uma competição difícil de apitar, pois é um celeiro de craques.
“Sempre trabalhei mais em jogos masculinos do que femininos. Graças a Deus, os jogadores me respeitam. É o fruto do meu trabalho. E a Coparena veio numa fase em que eu estava encostada para a arbitragem. A competição me deu um ânimo e um novo fôlego”, encerrou.
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